Camara comum
Registo que nos 29 elementos da nova câmara de comuns, só há 3 mulheres. Sem quotas, nem na blogosfera...
Ou as notas que o tempo não permite fixar nas notícias
Registo que nos 29 elementos da nova câmara de comuns, só há 3 mulheres. Sem quotas, nem na blogosfera...
Primeiro saiu esta noticia na Lusa:
O mail seguira direitinho para os jornalistas:
...e de repente, três pacotes de bolachas começaram a passar de mão em mão. Um deputado tirava uma, outro deputado tirava outra, um professor ficava com uma, outro abria a embalagem. João Oliveira do PCP falava sobre o sistema de avaliação dos professores e a comissão parlamentar de educação devorava bolachas. A reunião começara às duas e meia. Eram sete da tarde e os deputados ouviam Mário Nogueira (acompanhado por mais 9 professores) desde as cinco e meia. António José Seguro, o presidente da comissão, pediu comida. Apareceram bolachas. Mataram a fome não só dos deputados mas tambem dos professores. Mário Nogueira não comeu. Os jornalistas, a quem foram oferecidas, tambem recusaram. Mas o banquete estava montado e a cena deliciosa: deputados do ps e da oposição e professores sindicalistas discutiam o polémico sistema de avaliação comendo bolachas.
No dia em que o Diário de Notícias anunciava que o PS estava a preparar alterações ao divórcio, o Correio da Manhã brindava-nos com uma pérola com ons e tudo : uma peixeirada no Parlamento protagonizada pela mulher do chefe de gabinete de Jaime Gama. A senhora explica tudo ao jornal. Sentindo-se ofendida com a alegada traição do marido, foi lá, bateu-lhe, etc, etc.
O borrego ao almoço cozinhado pela mãe deve ser a única coisa que vai sobrevivendo. A Páscoa, com o passar dos anos, tem-se recomposto. Confesso que, actualmente, estes dias não me dizem nada. Significam: escola paga fechada, sobrecarga dos avós, ovos gigantes para os miúdos e amêndoas de chocolate para nós. Tinha eu a idade deles e estava em Trás-os-Montes. Flores e verde à entrada de casa, mesa posta "para o senhor padre", um envelope e o toque do badalo a anunciar o cortejo quase a virar a esquina: "ele vem aí!". E já dentro o beijo na cruz - certamente, já saturada de saliva, que nojo.
Não foi a primeira vez que Manuel Alegre assistiu ao plenário de óculos escuros mas ontem, ao dirigir os trabalhos na interpelação do PCP ao governo sobre educação, fez questão de anunciar "aos deputados e aos jornalistas que estava de óculos escuros apenas por razões de saúde".
Só hoje vi aquilo que a SIC chama de "reportagem" intimista com Sócrates e Menezes. E vi por obrigação porque cinco minutos depois o enfado já era grande. Do primeiro, nada de novo. Apenas o espelho do hall de entrada de casa, as duas bicas seguidas às onze da manhã, Cesário Verde, a generosidade do primeiro-ministro "segundo a sua mãe", o passeio pelo Bairro Alto deserto. E a falta de perguntas. Que confusão ver José Sócrates a falar do poeta Manuel Alegre, a ver a fotografia da mulher de António Costa na manifestação de professores e, do outro lado, nada. Um inquérito de Verão. Menezes, ao pé de Sócrates, foi sujeito a "duríssimas" perguntas: quotas, Rui Rio, contestação interna. Ainda para mais, na cadeira do cabeleireiro. Ninguém se deixa filmar na cadeira do cabeleireiro ! E confesso que tambem não estou habituada a ver a jornalista reportagem-fora com a mala ao ombro.
Quarta-feira passada, Nuno Morais Sarmento a meio da entrevista a Ana Lourenço, na SIC-N ofereceu-se ao jornal da noite de Mário Crespo para falar durante dez minutos do Casino de Lisboa. Não podia ser ali com ela. Tinha que ser com o Mário Crespo. Sim senhor, um desejo é uma ordem. Morais Sarmento lá estava no dia seguinte no Jornal das nove.